A partir de agosto de 2024, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai suspender o trabalho remoto de seus servidores, marcando o fim de uma era de home office que se intensificou durante a pandemia. A decisão, anunciada recentemente, gera discussões sobre os impactos desta mudança para os servidores e para o atendimento ao público.
A decisão do INSS
Conforme noticiado pelo Extra, a partir de 1º de agosto, os servidores do INSS retornarão ao trabalho presencial. Essa medida visa melhorar a eficiência do atendimento ao público e garantir a presença física dos funcionários em todas as agências do país. O presidente do INSS, Glauco Wamburg, defendeu a decisão afirmando que “é um movimento natural” diante da necessidade de otimizar o serviço prestado à população (euronews) (Indeed).
O INSS tem hoje 19.395 servidores, sendo 18.570 ativos e 825 cedidos. Do total, 13.394 fazem parte do Programa de Gestão e Desempenho (PGD), iniciativa que prevê pagamento de bônus para os resultados de aceleração da fila de pedidos de benefícios.
Desse total, 6.540 servidores estão em trabalho remoto, 4.306 estão em trabalho presencial e 2.539 em semipresencial (híbrido).
Justificativas para o fim do home office
Atendimento ao Público
Uma das principais razões para o fim do home office no INSS é a melhoria do atendimento ao público. Durante a pandemia, muitas agências do INSS enfrentaram desafios para manter a qualidade do atendimento devido à ausência física dos servidores. O retorno ao trabalho presencial busca resolver essas dificuldades e oferecer um serviço mais eficiente e acessível para os segurados.
Controle e Supervisão
Outra grande motivação para a suspensão do teletrabalho é a necessidade de maior controle e supervisão das atividades dos servidores. As lideranças relatam que acham mais fácil acompanharem o desempenho dos funcionários e assegurarem que as tarefas estão sendo cumpridas adequadamente. Esse controle é visto como essencial para garantir a produtividade e a qualidade dos serviços prestados.
Reações dos Servidores
Falta de estrutura e produção muito maior
Os servidores dizem que faltam equipamentos para o trabalho presencial, e seria necessário um investimento bilionário antes da iniciativa. Também alegam que o home office praticamente dobrou a produção e foi fundamental para a redução da fila de espera.
A categoria tem buscado interlocução com a gestão do INSS nos bastidores para tentar negociar uma alternativa que preserve o que consideram “benefícios” em termos de produtividade do home office combinado com um modelo de retomada do atendimento presencial à população.
A suspensão do home office no INSS representa uma perda significativa para a instituição. Muitos servidores que estavam em regime de teletrabalho apresentaram uma produção muito superior àquela registrada quando estavam no ambiente presencial. Ao invés de a liderança do INSS aprender a gerir uma equipe de forma remota, optou-se por chamar todos de volta ao escritório, mesmo com índices evidenciando maior produtividade no home office. Estudos e pesquisas realizados até hoje mostram consistentemente que equipes em home office tendem a aumentar a produção, demonstrando que essa poderia ter sido uma oportunidade para inovar na gestão de pessoas e processos.
Para mais detalhes sobre a decisão do INSS e suas implicações, confira as notícias completas no Extra e no Metrópoles.
Inscreva-se no nosso canal do YouTube
Siga o @adorohomeoffice no Instagram
Receba nossa newsletter mensal
Confira algumas vagas
Entre para o Clube do Home Officer por R$ 19,90 por mês