O home office cresceu como solução para que as empresas e empregados conseguissem obedecer aos protocolos de saúde e mantivessem suas atividades em dia. Uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA), realizada ainda em 2020, mostrou que 46% das empresas do país adotaram esse modelo.
No entanto, não são todas as funções que podem seguir neste regime. Uma pesquisa da FGV indicou que o potencial do trabalho remoto atinge 17,8% dos trabalhadores ocupados — menos de um a cada cinco. Nesse grupo, certas profissões tiveram alto crescimento ao longo dos dois anos da adoção deste modelo de trabalho.
Mais candidaturas nas profissões
O home office também fez com que muitas pessoas buscassem novas oportunidades. Não à toa, diversas vagas registraram um aumento de candidaturas, segundo o Banco Nacional de Empregos (BNE). A função de Secretária registrou crescimento de 27,35%, seguida de Telemarketing (21,59%), auxiliar financeiro (16,12%), vendedor (10,18%) e auxiliar de escritório (6,8%).
“Os avanços da imunização contra a covid-19 têm tornado possível a retomada das atividades presenciais gradualmente em 2022. Há empresas e trabalhadores, porém, que se interessaram pelo modelo de trabalho remoto e preferem continuar dessa maneira”, destaca Tortato.
As vantagens do home office
A experiência serviu para mostrar que pode ser econômico e mais simples para os dois lados envolvidos. O trabalhador não desperdiça tempo no transporte, não tem custo com passagem ou gasolina, não se submete ao dress code e pode executar a rotina do emprego no conforto da própria casa.
Do ponto de vista da empresa, há redução de custos com transporte — pode ser revertido em auxílio home office — e com o local de trabalho, além de ampliar o potencial de interessados nas vagas, já que pode aceitar candidaturas de diferentes partes do Brasil.
“O trabalho remoto agrega benefícios para ambos os lados, mas a empresa precisa estar preparada para oferecer subsídios para uma aderência segura”, explica o gerente de negócios do BNE, José Tortato. Ele cita a necessidade de garantir a infraestrutura para que o trabalhador possa produzir. “É importante pontuar a necessidade de a empresa auxiliar seus colaboradores com equipamentos, como por exemplo, computadores, mesa, cadeiras caso seja necessário, para garantir que o trabalhador não seja impactado negativamente pelo formato”, ressalta.
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