Sabe quando o chefe surta só de ouvir a palavra home office? Fomos tentar entender por que isso acontece.
Quanto mais a gente estuda os benefícios e analisa a experiência das empresas que já adotaram o trabalho remoto, mais nos perguntamos o porquê do home office ainda não ser visto com bons olhos por grande parte companhias.
É só dar uma olhada nestas 10 estatísticas sobre home office para bater a curiosidade: afinal, qual é a razão de muitas empresas sequer experimentarem a possibilidade de seus colaboradores trabalharem à distância, nem que seja uma ou duas vezes por semana?
Para Tawan Pimentel, sócio fundador da HOM – empresa especializada em auxiliar companhias na implementação de políticas de trabalho remoto – a resistência ao home office reside em dois fatores: legislação trabalhista e cultura corporativa.
As malditas questões culturais
Se você já abordou seu chefe a respeito da possibilidade de trabalhar em casa, é bem provável que já tenha escutado o argumento de que “não é possível pela questão trabalhista”. Mas e aí, como será que as empresas que já adotam o trabalho remoto fazem? Será que é tão complicado assim mesmo?
Segundo Pimentel, a questão jurídica demanda atenção, mas não é um empecilho. “Quando criamos a HOM, ela era apenas uma empresa de tecnologia. O nosso serviço se restringia a um software que gerenciava horários e outras atividades. Ou seja, já existem mecanismos capazes de dar segurança jurídica para as empresas nas questões trabalhistas. Aliás, basta pensar que até o próprio Tribunal Superior do Trabalho possui um programa de trabalho remoto desde 2012”.
Com a experiência acumulada no mercado, e após a realização de diversos pilotos, a HOM identificou que o maior obstáculo não era portanto a legislação trabalhista, e sim a questão cultural.
“O medo de perder o controle sobre o colaborador ainda é forte! Embora seja um mito – afinal com o trabalho remoto a troca de feedbacks é mais frequente e o trabalho por resultado é colocado em prática – as lideranças das empresas ainda têm um pé atrás com o home office. Já do lado do colaborador que trabalha remoto, o medo de parecer ‘ausente’ diante dos olhos do gestor também é grande”, analisa o sócio fundador da consultoria.
Para atender essa demanda, a HOM passou também a oferecer uma metodologia e consultoria exclusivas para empresas que querem implementar o home office de forma estruturada e segura.
“Desenvolvemos treinamentos para colaboradores e gestores, sensibilização da liderança e buscamos envolver todas as áreas que participam do projeto, como RH, TI, Comunicação e Jurídico. Está mais do que na hora de as empresas olharem para o home office como uma estratégia que pode e deve fazer parte do negócio”, finaliza Pimentel.
* Parceira do Adoro Home Office, a HOM é uma empresa especializada em ajudar organizações a implantarem e gerenciarem novos modelos de trabalho a distância. Clique aqui para saber mais.