A SulAmérica está redefinindo seu modelo de trabalho a partir das experiências com expedientes remotos decorrentes da pandemia de Covid-19. Para maximizar a produtividade e melhorar a proposta de valor para colaboradores, a companhia procurou entender o nível adequado de virtualização, analisou arquétipos para os principais processos e construiu métricas que permitissem acompanhamento da produtividade e do engajamento do time com a migração do modelo.
Para isso, será preciso definir, e garantir ao funcionário, as ferramentas e infraestrutura mais adequadas e desenhar um layout novo de escritório que estimulará a criatividade e colaboração. Chamado de Modelo de Trabalho Futuro, o projeto, realizado em parceria com uma consultoria, resultará em uma média de 60% a 70% de remotização no pós-pandemia. Trata-se também de mais uma iniciativa para reforçar internamente o conceito de Saúde Integral da SulAmérica, no qual as saúdes física, emocional e financeira devem estar em equilíbrio para viver melhor.
Nesse modelo, 30% dos mais de 4 mil funcionários trabalham com 90% a 100% de virtualização; 40% com maior dedicação ao trabalho remoto com meio período a 2 dias por semana de trabalho presencial; 27% com maior dedicação ao trabalho presencial de 3 a 4 dias por semana; e 3% com modelo presencial predominantemente.
Esse trabalho partiu de uma análise interna da companhia, com uma escuta ativa dos seus colaboradores, por meio de pesquisas, entrevistas individuais e grupos focais. A partir dessa análise, a SulAmérica descobriu que 99% dos seus funcionários preferem um modelo híbrido de trabalho, pois acreditam que esse formato oferece melhor qualidade de vida. No entanto, o trabalho remoto também recebeu críticas, como sobrecarga de trabalho, dificuldade de desconectar e ampliação da jornada diária – pontos que estão sendo endereçados pela companhia.
Para a implementação, a SulAmérica está mudando as suas normas internas tanto para os modelos de trabalho no escritório quanto para o remoto. A proposta desse sistema híbrido é que cada atividade seja realizada no formato mais adequado para o sucesso dela – para isso, algumas interações precisarão ser presenciais, enquanto outras poderão ser mais bem executadas no formato remoto.
Estão dedicadas à execução do projeto sete frentes de trabalho coordenadas por um comitê, com indicadores de resultado para cada etapa. “A partir de um mapa de atividades, vamos implementar cada etapa por ondas, com ciclos que duram 3 meses, testes e ajustes com base nos aprendizados de cada fase”, explica Patrícia Coimbra, vice-presidente de Capital Humano, Administrativo, Sustentabilidade e Marketing da SulAmérica.
A companhia está funcionando hoje num modelo de trabalho remoto desde o dia 16 de março de 2020. Deslocamentos nacionais e internacionais foram cancelados, o horário de trabalho passou a ser mais flexível e todas as reuniões são realizadas por videoconferência.
Eventos, treinamentos e seminários foram também transferidos para um modelo virtual. “Conseguimos nos adaptar rapidamente ao novo modelo de trabalho remoto pois já tínhamos uma cultura organizacional que oferecia a opção de home office ou home working desde 2014”, explica Patrícia. Dos pouco mais de 4 mil funcionários da SulAmérica, 40% já trabalhavam de casa antes da pandemia. A seguradora tem em seus quadros, também, mais de 200 operadores de call center em regime de home working.
O Adoro Home Office fez uma entrevista exclusiva com Patrícia Coimbra, vice-presidente de Capital Humano, Administrativo, Sustentabilidade e Marketing da SulAmérica, que respondeu perguntas específicas sobre o modelo de trabalho, a implementação e mais. Leia abaixo:
1. Como funciona atualmente a política de home office na SulAmérica e desde quando ela foi implementada?
Patrícia Coimbra: Desde 2014, cerca de 40% do nosso quadro já trabalha remotamente, como é o caso de mais de 200 colaboradores da nossa central de relacionamento. Por essa razão, conseguimos nos adaptar rapidamente ao modelo de trabalho remoto, pois já tínhamos a cultura que promovia a opção de home office ou home working (trabalho 100% remoto) a nossos colaboradores, além de tecnologia e rituais de gestão remota, e isso nos ajudou a não deixar de atender nossos clientes e parceiros em nenhum momento, bem como a acelerar nossas jornadas e soluções digitais.
2. Quais foram as principais motivações para implementar o home office? Já havia algum movimento nesse sentido antes da pandemia?
P.C: As principais motivações para home office antes da pandemia foram: segurança e bem estar de nossos colaboradores, atração e retenção de talentos, continuidade do Negócio e redução das pegadas de carbono da nossa operação. Na pandemia, nós percebemos e aprendemos que conseguimos trabalhar bem remotamente, com a priorização da segurança e saúde de nossa equipe. Além de 40% dos colaboradores que já trabalhavam em regime remoto desde 2014, recentemente, com o apoio de uma consultoria, realizamos uma pesquisa para entender qual modelo se adequa melhor a cada colaborador no pós pandemia. Não foi surpresa que a imensa maioria (99%) dos nossos colaboradores optou pela flexibilidade do trabalho híbrido.
3. E quais foram os principais desafios na implementação do modelo?
P.C: A SulAmérica já tinha muitos processos digitais para nossos clientes e colaboradores, e antes da pandemia, já tínhamos colaboradores que trabalhavam remotamente, além da tecnologia e processos de gestão remotos. Na pandemia, percebemos que dava para trabalhar ainda mais de forma virtual. Com diferenças entre as áreas, porém, pois tem a natureza da atividade, o interesse dos colaboradores e o grau de digitalização dos processos. Os desafios foram pequenos, frente aos resultados que temos conquistado.
4. Como foi a produtividade da equipe? E a aceitação do modelo?
P.C: Após o resultado da pesquisa realizada em parceria como a consultoria e cerca de 99% dos colaboradores optarem pela flexibilização com o trabalho híbrido, a primeira conclusão foi a de que não há um modelo único para todos. Algumas equipes produzem melhor em home office, outras dependem da interação nos escritórios alguns dias por semana, e há aquelas que preferem o trabalho 100% presencial. É a partir daí que surgiu o Modelo Futuro de Trabalho da SulAmérica que irá prever até 70% de remotização.
5. A SulAmérica realizou atividades de integração, mesmo remotamente?
P.C: Sim. Desde o início da pandemia todos os nossos processos passaram a ser digitais – desde entrevistas de novos talentos, assinatura de contratos e treinamentos, que incluem as integrações com os novos colaboradores que entram na companhia. Para nossos colaboradores, a cultura organizacional que já oferecia opção de home office ou home working a nossos colaboradores, além de tecnologia e apoio na gestão remota, o que foi diferencial para manter o atendimento aos nossos clientes e parceiros sem interrupções, e que também permitiu acelerar nossas jornadas e soluções digitais.
6. Você recomendaria esse caminho (de possibilitar home office) para outros gestores?
P.C: Claro! A SulAmérica redefiniu seu modelo de trabalho a partir das experiências decorrentes da pandemia de Covid-19 e de aprendizados obtidos desde 2014, com os quais foi possível repensarmos a lógica do trabalho para o futuro, maximizando a eficiência da Organização e engajamento de nossos colaboradores. Porém, reforço que isso tudo é possível, porque temos nosso posicionamento de Saúde Integral como base deste modelo, no qual saúde física, emocional e financeira estão lado a lado para garantir uma vida melhor para todos.
7. E como vai ser o modelo híbrido? Vocês já têm uma política definida?
P.C: No Modelo de Futuro do Trabalho da SulAmérica, até 70% dos nossos colaboradores passam a trabalhar de casa, em caráter definitivo, sendo que 30% dos cerca de 4 mil funcionários trabalharão com 90% a 100% de virtualização. Outros 40% terão maior dedicação ao trabalho remoto, mas até dois dias por semana de trabalho presencial. Já outros 27% se dedicarão ao trabalho presencial, de três a quatro dias, por semana; e somente 3% voltarão ao modelo 100% presencial. Todo esse modelo foi resultado de variáveis como eficiência da Organização, engajamento dos colaboradores, grau de digitalização dos processos, interesse dos colaboradores e tendências de mercado.
8. E como foi planejado o escritório pensando nesse modelo híbrido? Os espaços são diferentes?
P.C: Quem voltar aos escritórios, não vai encontrar os mesmos espaços de antes. Os locais de trabalho serão reconfigurados, para permitir maior flexibilidade e mais espaços de interação. O novo layout de escritório da SulAmérica irá estimular a criatividade e a colaboração. Teremos ambientes para reuniões pequenas, entre duas ou três pessoas, e espaços maiores para treinamentos maiores e visita de clientes. Uma grande mudança é que ninguém mais terá mesa fixa na empresa. Todos terão um locker (armário) – também compartilhado por turnos – e poderão se sentar onde quiserem. Todos os níveis da operação se encontrarão no mesmo lugar; de CEOS a administrativo e operacional. Isso gera mais interação entre as áreas. Importante colocar que já tínhamos esses espaços, cujos layouts serão expandidos de acordo com nosso novo modelo de trabalho.
9. Os funcionários que trabalham em home office tem algum tipo de benefício?
P.C: Sim, nós disponibilizamos um crédito de R$100,00 por mês a todos os colaboradores, sem desconto em folha, para auxílio ao colaborador no pagamento de internet, aquisição de itens de ergonomia, entre outros apoios. Fica a critério do colaborador a melhor maneira dele utilizar esse auxílio.
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