Executivo da Schneider fala sobre home office
Por aqui adoramos conhecer empresas que oferecem a possibilidade de home office aos funcionários! E foi assim que chegamos na Schneider Electric Brasil e conversamos com o vice-presidente de RH da filial brasileira, Miquel Serra Alquezar.
A Schneider Electric é uma multinacional francesa que atua com soluções em automação e energia elétrica e está há 70 anos no Brasil. A operação conta com 5 fábricas, 2 escritórios administrativos e mais de 7 mil pontos de venda em todo o país.
Política de home office da Schneider Electric
Além do papo exclusivo com o VP de RH, também tivemos acesso ao documento de política de flexibilidade da empresa. A iniciativa está alinhada com as diretrizes globais da empresa e de um programa chamado Well-Being, que visa o bem-estar do colaborador.
De acordo com a política, os funcionários podem ter flexibilidade de horário na entrada e saída da jornada, de acordo com as necessidades do setor em que trabalha. Também podem fazer trabalho remoto (não estar na sede da empresa) até três vezes por semana. A empresa também subsidia a compra de alguns equipamentos.
Opinião do VP de Recursos Humanos
01 – Como funciona a política de home office na Schneider e desde quando ela foi implementada?
A prática do home office é um dos pilares da nossa política de Flexibilidade no Trabalho, que começou em agosto de 2017. Alinhada a uma iniciativa global da Schneider Electric, esta política tem por objetivo promover uma cultura de trabalho inteligente que incentiva uma melhor integração trabalho-vida, impulsiona ao bem-estar, sustentabilidade e alinhamento às melhores práticas de mercado, permitindo aos colaboradores uma gestão eficaz de suas necessidades de trabalho, vida e família. Inicialmente, havia a possibilidade de um dia de home office, e, um ano depois, pelo retorno positivo dos funcionários, resolvemos aumentar para até três dias.
02 – Quais foram as principais motivações para implementar o trabalho flexível e home office?
Alinhada a uma iniciativa global da Schneider Electric, esta política tem por objetivo estabelecer alternativas de Flexibilidade no Trabalho, promovendo uma cultura de trabalho inteligente que incentiva uma melhor integração trabalho-vida, impulsiona ao bem-estar, sustentabilidade e alinhamento às melhores práticas de mercado, permitindo aos colaboradores uma gestão eficaz de suas necessidades de trabalho, vida e família.
03 – E quais foram os principais desafios na implementação do modelo?
Toda mudança de modelo requer uma mudança de mindset. Por ser um tema bastante conectado com nossos valores, a receptividade da proposta foi muito positiva, mas ainda temos espaço para crescer e desenvolver esta mentalidade, aumentando ainda mais a disciplina e utilização desta possibilidade dentro da companhia.
Como também contamos com unidades fabris em diferentes regiões do Brasil e em outros países da América do Sul, para o tipo de função da Operação não se faz viável aplicar trabalho flexível e home office, no entanto não tivemos problemas com os funcionários que executam funções não compatíveis. Na verdade, eles também receberam muito bem este novo modelo de trabalho entendendo como um motivador a mais para participarem de recrutamentos internos seguindo carreiras administrativas dentro da organização.
04 – Já dá pra perceber benefícios para a empresa dessa flexibilização? Diminuiu o turn over?
Sim! Percebemos que a imagem da Schneider, tanto externamente como internamente, tem sido atrelada com esta flexibilização, o que tem gerado interesse, comprometimento e fortalecimento da nossa relação com estes públicos. Além disso, no nosso dia a dia percebemos o quanto esta possibilidade tem sido fonte de engajamento para nossos colaboradores e é percebida como um diferencial positivo, que permite bem-estar, demonstra o nosso cuidado com as pessoas aliando produtividade e empoderamento.
Com este tipo de modelo de trabalho conjugado com as políticas vigentes de licença-maternidade estendida de 6 meses e paternidade de 20 dias, a retenção de mulheres que são mães com filhos pequenos melhorou, assim como o engajamento de funcionários que conseguiram com mais facilidade adaptar suas rotinas de estudos, por exemplo, sem prejuízo no trabalho.
05 – Você recomendaria esse caminho (o de flexibilizar jornada e possibilitar home office) para outros gestores?
Com certeza! Além de permitir uma maior flexibilidade e bem-estar para nossos colaboradores vemos que esta possibilidade inclusive tem impactos positivos no negócio. Acredito que no mundo de hoje, volátil e complexo, precisamos encontrar novas formas de vincular vida pessoal e trabalho.
Além disso, implantar novas formas de trabalho que quebram paradigmas de uma mentalidade mais tradicional, herdada de cenários anteriores de mercado, exerce uma contribuição intangível de fomentar uma cultura mais disruptiva com um ambiente mais propício à inovação e criatividade!
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