No início do ano escrevi no Tutano sobre uma avaliação, feita pela jornalista britânica Suzanne Bearne, dos diferentes lugares em que um profissional freelancer costuma trabalhar. Mas, na minha opinião, mais importante do que identificar qual deles funciona melhor, é ter consciência de que trabalhar uns dias fora de casa faz bem.
Sair do home office para mim é como fazer exercício físico. É difícil de começar, dá uma preguiça danada, mas na volta pra casa bate aquela sensação de bem estar. Ou seja, não é algo que rola com naturalidade. Mas me proponho a fazer porque sei que no fim vai ser legal, vai dar um up na minha criatividade e deixar o trabalho fluir melhor.
Se você anda meio desanimado ou sentindo um certo tédio no home office, trabalhar um ou dois dias por semana fora de casa pode fazer a diferença. Para ajudar, separei algumas dicas para vencer a preguiça e deixar o conforto do lar por algumas horas.
FORÇA, VAI SER LEGAL
- Comece estipulando a frequência com que pretende sair de casa. Que tal começar trabalhando uma vez por semana fora do home office? Feito isso, marque na agenda o dia em que pretende sair (eu sugiro a quarta-feira, nada como uma variada no meio da semana) e o horário;
- Na noite anterior, arrume a mochila ou bolsa em que costuma carregar o notebook. Coloque uma extensão, um adaptador de tomada e o carregador do celular. Não esqueça da carteira, documentos, dinheiro, bloco, caneta, garrafa de água, barrinhas de cereal ou outro lanche que seja fácil de carregar;
- Defina o lugar em que pretende ir. Se pintar dúvida, vale conferir a série do Tutano que indica opções em diversas cidades para trabalhar remotamente. Outra dica é visitar o lugar uns dias antes, mas sem o objetivo de trabalhar, sabe? Se for um café, por exemplo, tire um dia para ir até lá como quem não quer nada. Observe se o local dispõe de tomadas, se tem wi-fi, se tem outras pessoas trabalhando. Assim você já avalia com antecedência se rola de trabalhar alí ou não;
- Se a opção for um café, lembre-se de que o local é um comércio e que os proprietários têm custos para mantê-lo. Não seja cara de pau de ficar o tempo todo trabalhando sem consumir nada. Eu costumo pedir uma água na chegada, depois complemento com um café e algum lanchinho. Procure evitar cafeterias muito pequenas ou que dispõem de poucos lugares livres;
- Se a opção for um lugar público, como uma biblioteca, centro cultural, ou coworking gratuito, procure saber com antecedência como funciona o acesso ao wi-fi. Alguns lugares ainda possuem internet limitada a associados ou cadastrados. Também se informe sobre lugares próximos para um lanche ou pausa para o café;
- Se a opção for um coworking pago, dê preferência aos que oferecem planos de hora ao invés de pacotes mensais. Assim você pode frequentar o espaço apenas nos dias em que achar necessário. E ainda evita de fechar um pacote inteiro em um lugar que talvez você acabe não curtindo;
- Lembre-se que o objetivo dessa saída é respirar novos ares e mudar um pouco de ambiente. Procure se desconectar e deixe o celular um pouco de lado no percurso até o café ou biblioteca;
- Não desista na primeira semana. Se a primeira saída não foi muito boa, tente mais algumas vezes, procure um espaço diferente, outra opções. E tudo bem se ao final você concluir que o seu melhor lugar é no lar doce lar do trabalho.
* O post Guia Home Office para saídas de emergência foi publicado originalmente no tutano, a plataforma de conteúdo do trampos.co.