Home Office, produtividade e alimentação

Todo mundo sabe que a combinação entre exercício físico e boa alimentação é a chave para uma vida saudável. Além disso, embora nem todos gostem, ambos também são fatores determinantes no aumento da produtividade.

Equivocados são aqueles que acreditam que trabalhos muito intelectuais, como os trabalhos remotos geralmente são, exigem que você exercite apenas a sua mente. Bons exemplos disso são jogadores profissionais de esportes mentais, como o xadrez e o poker. Ambos os esportes exigem muita concentração e uma mente bastante afiada e alerta. O enxadrista Rafael Leitão acredita que “a prática regular de exercícios físicos é um grande aliado no treinamento do xadrez”. Ainda, de acordo com Ivan ‘Ban’ Martins, exercício físico “não te fará um melhor jogador de poker, mas te fará jogar melhor poker”.

Aqui no blog, já falamos sobre a importância do exercício para quem trabalha home office. Neste post, falamos um pouco sobre a importância de se exercitar pela manhã e aqui você pode descobrir como encaixar algumas atividades durante o horário de trabalho.

Enquanto a importância dos exercícios físicos é bastante conhecida como fator auxiliador do aumento da produtividade, a influência do segundo elemento do combo com uma boa dieta não é tão explorada. Assim, neste post, vamos falar um pouco sobre como trabalhar em home office pode afetar a sua alimentação e como uma dieta saudável também pode ser uma aliada no aumento da produtividade.

Trabalhar em casa pode afetar a sua alimentação de duas principais maneiras

Primeiro, quando passamos a trabalhar remoto, muitas vezes pensamos que agora a nossa alimentação vai melhorar, visto que comeremos comida caseira e saberemos a procedência dos ingredientes, não é mesmo? Essa ideia é ótima na teoria, mas nem sempre funciona na prática.

Isso acontece porque, quando não organizamos bem o nosso dia e não temos um planejamento, não sobra tempo para cozinhar e acabamos optando por comidas prontas. Elas têm o grande atrativo de serem práticas e sujarem pouca louça. Consequentemente, quando você menos esperar, viverá a base de congelados e delivery.

Segundo, trabalhar home office abre espaço para pequenos assaltos fora de hora à geladeira. Quando você está em casa e sabe que ali perto, na cozinha, tem um bolo delicioso, é fácil comer “só um pedacinho” durante o intervalo. No intervalo seguinte, a vítima pode ser um biscoito recheado e por aí vai. Dois meses depois, você terá engordado alguns quilos, suas taxas de colesterol aumentado e você ainda estará se sentindo sedentário e indisposto.

Apesar da maioria das pessoas não se preocupar muito com a alimentação, o que comemos influencia os processos metabólicos responsáveis por absorver os nutrientes que nosso cérebro precisa. Isso pode afetar áreas como criatividade, produtividade, capacidade de lidar com dificuldades, memória e raciocínio.

Quando nos alimentamos com comidas processadas e ricas em açúcares, o excesso de sódio e gorduras hidrogenadas promovem um aumento da fadiga física e mental. Além disso, quando nossa alimentação é formada majoritariamente por carboidratos de alto índice glicêmico – como é o caso de farinhas refinadas – nosso corpo passa por picos de açúcar no sangue, o que pode resultar em sonolência, aumento de ansiedade e redução do rendimento mental e diminuição do foco.

A saída todos sabemos, mas não é fácil!

Para evitar esses sintomas, uma alimentação saudável deve priorizar alimentos não industrializados, frutas, legumes, verduras, carnes e grãos. Ou seja: tudo que a gente teoricamente já sabe, embora seja difícil de implementar sem uma grande dose de boa vontade.

Quando o trabalho exige muita concentração, atenção e memória, alimentos ricos em antioxidante, vitaminas e minerais devem ser priorizados. Dentre eles estão o morango, o kiwi, o espinafre, o tomate, a cebola, a maçã, grãos e sementes.

Já as pessoas que possuem profissões exigentes quanto ao raciocínio rápido podem apostar em alimentos ricos em ômega 3. Estes são grandes aliadas na hora de estimular as respostas cerebrais. Nessa categoria encontram-se os peixes, as sementes, os legumes e as verduras.

Por fim, a última dica para que a sua alimentação não prejudique sua produtividade é evitar comer em excesso durante as refeições. Engana-se quem acredita que comer muito dará disposição para as tarefas do dia. O que acontece é o oposto. Comer demais aumenta o fluxo sanguíneo no estômago, diminuindo o transporte de oxigênio para o cérebro, fazendo com que você se sinta letárgico.

Com essas dicas, sua produtividade vai aumentar. Seu corpo precisará de menos esforço para processar a química e a quantidade alta de açúcar e você poderá focar no que realmente importa: seu trabalho.