Alguém gosta do formato padrão de trabalho atual? Sair da cama e ir ao escritório às oito da manhã. Ficar até as cinco. Cinco dias por semana. Com dois dias de descanso. E faz tudo de novo. Toda semana.
Realmente gostamos disso?
Porque é só parar pra pensar por 30 segundos que vamos lembrar que reclamamos muito disso. Está em todos os programas de televisão. Todo mundo odeia segundas-feiras. Agradece quando chega a sexta.
A maioria dos trabalhadores relata que estão satisfeitos com o seus empregos, mas, odeiam ir até o escritório. E para muita gente, isso é tão imutável, que nem consideram quando pensam sobre a avaliação da satisfação no trabalho.
Mas essa não é uma realidade impossível de se modificar. Ele é apenas o padrão, mais conhecido pelas pessoas. E embora possa ter funcionado bem nos últimos anos, já não existem mais tantos motivos para mantê-lo. Pense no horário comercial como telefones fixos, televisões em preto e branco ou combustível baseado em chumbo.
O nascimento do horário comercial
Quem inventou a jornada de trabalho de 8 horas foram os sindicatos trabalhistas americanos dos anos 1800. Naquela época, não havia limite para as horas que os empregadores podiam exigir de seus funcionários, e os trabalhadores das fábricas, em especial, podiam estar fazendo mais de 100 horas por semana.
Anos depois, com muitos protestos, quando o Congresso Americano estava começando instituir 8 horas de trabalho por dia para certos setores, a Ford Motor Company instituiu uma semana de trabalho obrigatória de 5 dias, com 8 horas de trabalho por dia. Foi aí que tudo começou e o formato de trabalho do Brasil também se inspirou nesse modelo.
Mas nos dias de hoje, muitas coisas mudaram! Uma das maiores mudanças é a composição de gênero do cenário corporativo. Há muito mais mães trabalhando hoje do que havia no século passado. Não é mais o caso de os pais saírem para trabalhar enquanto as mães ficam em casa com as crianças. Muitas vezes, ambos os pais estão seguindo carreiras.
A tecnologia, por sua vez, facilita o trabalho em qualquer lugar. Dois terços dos adultos americanos possuem smartphones e mais de 70% têm um computador em casa. Não é mais necessário estar sempre no escritório para ser produtivo, e 43% dos trabalhadores dizem que trabalham em casa eventualmente.
Então, por que ainda trabalhamos das 9h às 5h?
A resposta curta para por que ainda aceitamos isso, é porque estamos acostumados. Nós nos acostumamos tanto a ver pessoas odiando as segundas-feiras, ficando feliz às sextas-feiras, e desprezando as manhãs, que tudo se tornou normal. Já aceitamos que o horário de trabalho padrão é um incômodo.
Como a tecnologia veio para ficar, caberá aos gerentes e funcionários definir os limites do local de trabalho e as expectativas sobre quando o trabalho deve começar e terminar.
Bom, sabemos que não há uma programação única que seja adequada para todos. Mas, graças aos avanços na tecnologia, no trabalho remoto na automação, é mais fácil do que nunca para os gerentes e empresas olharem para seus funcionários como indivíduos e desenvolverem sistemas que façam sentido para suas circunstâncias únicas. É o caminho do futuro e é muito mais fácil mudar do que se imagina.
*Com informações de Quartz
** Esse post faz parte da parceira entre a HOM e o Adoro Home Office. A HOM é uma empresa especializada em ajudar organizações a implantarem e gerenciarem novos modelos de trabalho a distância. Clique aqui para saber mais.