O Bloggers at Their Desks é um projeto gringo que traz fotos de blogueiras em seus home offices e que inspirou o Adoro Home Office, em parceria com o Follow The Colours, a criar a série “Up no Home Office”.
Essa semana conversamos com Gabriela Teló, publicitária de formação que trabalha com pesquisa de mercado, é embaixadora do movimento hoffice em Porto Alegre e sócia da Zest, uma iniciativa que segue o conceito de empresas livres.
Adepta do home office há três anos, Gabi conta que só agora conseguiu organizar o espaço como gostaria. “No meu dia a dia faço muitos skypes e sempre quis ter algo para dar uma divertida neles. Decidi, então, fazer uma arte que representasse um pouco do meu trabalho”. Foi assim que ela resolveu convidar a amiga e ilustradora Élin Godois para soltar a criatividade em uma das paredes do escritório.
A super talentosa Élin deu vida a ilustrações que têm tudo a ver com o trabalho que a pesquisadora desenvolve. O conceito da parede é uma rede distribuída de perfis de pessoas, que condiz com o universo da pesquisa. Como a rede é algo online, a ideia foi trazer o lado real e orgânico através de uma trepadeira sutil que envolve os fios que conectam os 11 rostos.
A opção por uma decoração mais lúdica não aconteceu à toa. “Sempre tive a ideia de que o espaço onde tu trabalha tem que ser capaz de te libertar e não prender. Por exemplo, li que uma decoração muito neutra não incentiva a criatividade”, explica.
Como acontece com a maioria dos adeptos do home office, uma das maiores dificuldades que a Gabi sentiu no começo foi a solidão e a falta de regras. “Li muito sobre potencialização do tempo, técnicas de organização e hoje, 3 anos depois, posso dizer que eu me conheço realmente. Antes eu obedecia em tudo, seguia uma linha de entra as ‘9 e sai às 6’ que não respeitava o meu corpo”, relembra.
Hoje ela trabalha nas horas em que mais produz e sabe em que turno isso acontece. Quanto à solidão, além de ter adotado a cachorrinha Amora, procura fazer com que todas as reuniões que acontecem na cidade sejam feitas no “mundo real”.
A experiência com o home office fez com que a pesquisadora pegasse um pouco de birra dos modelos tradicionais, pelo simples fato de não lhe fazerem sentido. “Por que eu mudaria o meu tempo biológico para produzir menos, ficar presa em um espaço e ainda ser infeliz? Eu realmente acredito que o futuro do trabalho é a flexibilidade e ela pode acontecer tanto para quem é empreendedor quanto para quem tem carteira assinada. O que eu sinto é que as empresas precisam experimentar mais esses novos modelos, pois senão eles nunca vão conquistar as próximas gerações”, conclui.
* Se você se interessa pelo universo freelancer e quer saber mais sobre a rotina e dificuldades do mercado, confira o estudo Ser Freelancer, realizado pela Zest.
* Conheça o trabalho da ilustradora Élin Godois clicando aqui e inspire-se também com o lindo Guia de Nós Dois.